A bolsista - Helena Macedo

A bolsista - Helena Macedo

Produção Textual



Relatório de Desenvolvimento do Subprojeto do PIBID
Bolsista de ID

1.      Identificação
Subprojeto: Pibid Uniabeu-Subprojeto: Letras Português – “Grafitagens- Gêneros Textuais e identidades culturais”  

1.1.Nome do bolsista, matrícula e email: Helena de Souza e Silva, 71320276, helenamacedoo@hotmail.com


2.      Objetivos:

 Levar discentes do curso de Licenciatura em Letras a refletir criticamente sobre a concepção de ensino de língua materna a partir dos gêneros textuais, em contato com diferentes realidades culturais da Baixada Fluminense;
- relacionar os diferentes gêneros textuais ao painel histórico social das comunidades envolvidas, em diálogo também com as inovações tecnológicas e com a produção de novos gêneros visíveis nas telas/paredes das mídias digitais;    
- oportunizar, aos discentes envolvidos, a vivência no cotidiano escolar de questões teóricas/metodológicas vinculadas a sua formação docente debatidas na universidade;
- implementar, em unidades de educação básica, ações que estimulem o desenvolvimento da competência comunicativa através do uso de diferentes gêneros textuais e que sensibilizem para a dinâmica social de construção das identidades culturais, em um constante processo de atualização e imbricagem de sentidos. 


3.      Descrição das Atividades Previstas e Desenvolvidas:
  Atividades desenvolvidas:
1. Participação no Encontro PIBID UNIABEU, em 8/3/2014.
2. Reuniões com a coordenadora do subprojeto Letras - Português, profa. Dra. Claudia Fabiana de Oliveira Cardoso. Tivemos encontros para a formação dos bolsistas, com o grupo de estudos para a leitura crítica da bibliografia inicial, além   de discussões sobre nossa atuação no projeto, confecção do blog, a elaboração do currículo lattes; e discussão sobre a elaboração e a execução da avaliação diagnóstica.
3. Reuniões com o professor supervisor do Instituto de Educação Carlos Pasquale,   Daniel Martins Junqueira. Fizemos reconhecimento da realidade escolar e avaliações do ensino de língua portuguesa a partir dos gêneros textuais nas turmas. Também houve discussão sobre a elaboração e a execução da avaliação diagnóstica.

4. Reunião com a coordenadora geral do PIBID UNIABEU, prof. Shirley Carreira, em 21 de maio de 2014, na Uniabeu recebemos instruções sobre a participação no projeto e orientações sobre o blog.
5. Elaboração do meu currículo lattes http://lattes.cnpq.br/7331712800385558
6. Construção de um blog individual  http://pibid-uniabeuportugueshelenamacedo.blogspot.com.br
7. Fichamento dos textos: “Produção Textual, Análise dos textos e compreensão- segunda parte: Gêneros Textuais no ensino da língua” Marcuschi, Luiz Antonio.
Orientações curriculares para o Ensino Médio, Volume 1: linguagens códigos e suas tecnologias.
8. Elaboração, junto com o grupo, das questões para a avaliação diagnóstica.
9. Aplicação da avaliação diagnóstica no dia 05/05/2014.
10. Análise da avaliação diagnóstica no dia 26/05/2014, com confecção de gráficos com os resultados.

Iniciamos o segundo semestre do projeto no dia 22 de julho, terça-feira, sendo a 1° reunião no IECP pós recesso. Nesta reunião o coordenador Daniel nos orientou a respeito das atividades que seriam desenvolvidas a partir da segunda semana de agosto.
       Em 31 de julho, quinta-feira, sendo o 1° encontro do Pibid pós recesso na UNIABEU. Recebemos as boas vindas de nossa coordenadora de área, professora Claudia Fabiana e fomos motivados a trabalhar no desenvolvimento das atividades que deverão ser realizadas nas escolas no segundo semestre, visto que depois do primeiro semestre nos encontrávamos preparados e ansiosos ao cumprimento de mais uma etapa do projeto.
    Realizamos as oficinas: ESCRITAS DE SI: REDISCUTINDO IDENTIDADES CULTURAIS ATRAVÉS DE GÊNROS TEXTUAIS. As apresentações seguiram a ordem: Primeira oficina: diário no dia 28 de agosto de 2014, segunda oficina: decreto-lei no dia 4 de setembro de 2014, terceira oficina: crônica no dia 11 de setembro de 2014 e a última oficina: obituário aconteceu no dia 18 de setembro de 2014. Os gêneros escolhidos foram os que os alunos marcaram como sendo os menos conhecidos os desconhecidos por eles.
      Neste semestre nossa coordenadora, deu-nos mais uma tarefa para o nosso crescimento, o fichamento do livro de Stuart Hall – 10° edição – A identidade cultural da pós-modernidade.
       No dia 24 de outubro realizamos a monitoria de apoio à escrita. Essa atividade teve por objetivo corrigir e orientar os alunos sobre os erros semânticos e gramaticais nas produções das oficinas.
      Realizamos no IECP a Primeira Semana de Literatura InfantoJuvenil do dia 12 à 14 de novembro, para isso realizamos ensaios todo o mês, isso nos aproximou dos alunos. A apresentação tinha como nome: Grandes Personagens no Palco da Baixada Fluminense e no dia 14 de setembro de 2014os alunos do IECP reproduziram, em forma de atuação, algumas fábulas da Literatura Infantojuvenil.
      Por fim, no dia 29 de novembro tivemos o Primeiro Seminário Institucional do PIBID. Além das apresentações dos coordenadores da UNIABEU como da UFRRJ, nós bolsistas, também apresentamos nossos resultados. Nesta ocasião apresentei com o bolsista Caio Pompeu o nosso trabalho intitulado Grandes personagens no palco da Baixada Fluminense, o meu em forma de slides e o do Caio em forma de artigo. Fomos orientados por nossa coordenadora Claudia Fabiana que nos deu todo o suporte durante a elaboração do projeto.
-Participar do PIBID durante o ano de 2014 foi uma experiência muito importante para minha formação acadêmica, ter um blog meu onde posso relatar as atividades que realizo não só no IECP, mas também nas reuniões com o monitor Daniel e com a coordenadora Claudia Fabiana é sem dúvida algo de grande relevância, estabelecer com os alunos um contato maior durante a avaliação diagnóstica as oficinas, a monitoria de apoio à escrita e a Semana de Literatura Infantojuvenil me deu a oportunidade de vivenciar o cotidiano do magistério, oportunidade essa que me fez ver que escolhi a profissão certa para mim. O projeto tem contribuído não só para o meu crescimento profissional, mas também para pessoal, pois a cada atividade realizada vejo o quanto me faz bem estar participando de um projeto dessa grandeza.  


4.      Descrição das Atividades Previstas e Não Desenvolvidas:
Durante o ano não houve atividades previstas que não foram realizadas.


5.      AUTOAVALIAÇÃO
- Qual é o seu grau de conhecimento do projeto e subprojeto?
( x  )plenamente satisfatório  (   )satisfatório  (   )regular    (   )insatisfatório
- Como você avalia sua:
 . participação:
( x  )plenamente satisfatória  (   )satisfatória (   )regular    (   )insatisfatória
. assiduidade:
(   ) plenamente satisfatória  (  x )satisfatória (   )regular    (   )insatisfatória
.pontualidade:
( x  ) plenamente satisfatória  (   )satisfatória (   )regular    (   )insatisfatória
.envolvimento com as atividades propostas:
( x  ) plenamente satisfatório  (   )satisfatório (   )regular    (   )insatisfatório
- Como você considera seu crescimento pessoal e profissional a partir do projeto do Pibid:
(  x )plenamente satisfatório  (   )satisfatório  (   )regular    (   )insatisfatório
- Como você avalia seu preenchimento da planilha de atividades semanais e do diário de campo:
(  x ) plenamente satisfatório  (   )satisfatório  (   )regular    (   )insatisfatório
- Sobre a realização das atividades planejadas – dificuldades e êxitos (relacionar as atividades e indicar as dificuldades)
Resposta: Não tivemos dificuldade em realizar as atividades, e realizamos com bastante êxito as oficinas, e o Projeto da Semana da Literatura Infantojuvenil.

- Como você avalia seu relacionamento com os outros membros do grupo incluindo supervisor e coordenador, ou de outros grupos do PIBID que atuam na mesma escola (apontar pontos positivos e (caso houver) pontos negativos)
( x  ) plenamente satisfatório  (   )satisfatório  (   )regular    (   )insatisfatório
Comentário: Aprendo bastante com o bom relacionamento que possuo com os coordenadores e os outros bosistas.                
- Quanto à elaboração e ao preenchimento dos documentos PIBID, relate os pontos que facilitaram e/ou dificultaram:
Resposta: Não encontrei dificuldades para preencher os documentos.

- Quais foram os pontos positivos do PIBID?
Resposta: Ampliação de conhecimentos.
- Quais foram os pontos negativos do PIBID (quando houver)?
Resposta: Não houve.
- Quais são as suas sugestões para a melhoria do Programa?
Resposta: Não possuo sugestões.

6.      Bibliografia (conforme as normas da ABNT)

HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Orientações Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2006.
CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.
São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Orientações Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2006.
PERRAULT, Charles. Contos de fadas. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.



7.      Anexos (se necessário)






Nilópolis, 16 de dezembro de 2014.
Helena de Souza e Silva
__________________________________
Nome do Bolsista e assinatura



Decreto lei – Violência contra a mulher
     O filme mostra uma realidade que ainda existe não só no Nordeste, mas em muitos lugares do Brasil.
Retrata a vida de Maria uma criança que aprendeu a escrever seu nome e aparentemente estava muito feliz em escrevê-lo, mas sua mãe não achava que isso era bom para ela, para sua mãe o importante era que Maria ajuda-se nos afazeres de casa, ou seja, que ao crescer tivesse uma vida como a da sua mãe.
    Ao final da história podemos ver que Maria muito envelhecida e cansada, está velando o corpo de sua mãe e faz a mesma coisa com sua filha, que sua mãe fez com ela na janela quando estava escrevendo seu nome, e nesse caderno podemos ver quantas Marias passaram pela mesma situação, é algo que não muda.

Definição – Decreto Lei
  Ato decretado com poder de lei e expedido pelo Poder Executivo quando este exerce as funções do Poder Legislativo. 
Eles existem para: Os decretos-lei podem ser aplicados à ordem econômica, fiscal, social, territorial e de segurança, com legitimidade efetiva de uma norma administrativa e poder de lei desde a sua edição, sanção e publicação no diário ou jornal oficial.

   Tornou-se o principal instrumento legal para coibir e punir a violência doméstica praticada contra mulheres no Brasil.A lei trouxe uma série de medidas para proteger a mulher agredida, que está em situação de agressão ou cuja vida corre riscos.
    Em 2012, foi considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a terceira melhor lei do mundo no combate à violência doméstica, perdendo apenas para Espanha e Chile. É conhecida por mais de 94% da população brasileira.
 A Lei Maria da Penha (11.340/06) é considerada uma importante conquista no combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres. Recebeu esse nome como forma de homenagear a pessoa símbolo dessa luta, Maria da Penha Fernandes, que sobreviveu a duas tentativas de homicídio por parte do ex-marido, ficou paraplégica, mas se engajou na luta pelos direitos da mulher e na busca pela punição dos culpados. No seu caso, a punição do marido agressor só veio 19 anos e 6 meses depois.

Obediência em suas 2 faces - A principal característica da mulher é a OBEDIÊNCIA?
A mesma frase cabe a papeis tão distintos?A resposta é SIM.
 “A principal característica da mulher é a obediência, pois há anos a sociedade machista a limitou de voos mais altos.”
Aqui a obediência feminina à fornece um olhar negativo e de inferioridade.
Ex: Do segundo posicionamento:
A principal característica da mulher é a obediência às suas próprias vontades dando origem a outra característica muito conhecida : a determinação.”
Aqui a mulher recebe seu valorpositivo segundo suas conquistas e valor próprio.

Produção textual
   Baseado no que vimos, faça um relato de como você acredita na eficiência da aplicação da lei n° 11.340 (Maria da Penha) na baixada fluminense
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência

Gênero textual - Obituário
Pé na cova
Tem presunto
Flores, flores, flores

Firma sinistra é a nossa
A sua tristeza me importa
Peroba bate na madeira
O além pra mim é brincadeira

Todo mundo sabe
Mas não a hora
Fique tranquilo a sua vez já chega

Todo mundo sabe
Mas ignora
Devagarinho a sua morte vai chegar

Fui… Disk, fui
Se morreu não senti,se matei nem vi, o caixão é... Unidos do Irajá
Fui... Fui...

Gosta de flores?
Amanhã terás
Fui…

Pé na cova!

O Globo: Obituário Roberto Segre. 12.03.2013
Definição
   Informe da morte de um indivíduo em particular. Em caso de pessoas ilustres, normalmente traz um resumo de suas realizações em vida, frisando os episódios que as tornaram notáveis.
Estrutura
·         Confira os requisitos. 
·         Inclua o principal.
·         Pense em seu público-alvo. 
·         Coloque uma linha do tempo. 
·         Evite detalhes desnecessários.
·         Não se esqueça da família.
·         Conclua com o aviso de serviço.
·         Coloque uma fotografia.



A partir do que foi exposto, produza um obituário como você gostaria que sua morte fosse anunciada.

Relatório de Desenvolvimento do Subprojeto do PIBID
Bolsista de ID

1.      Identificação
1.1.Pibid Uniabeu-Subprojeto: Letras Português – “Grafitagens- Gêneros Textuais e identidades culturais”  

1.2.Nome do bolsista, matrícula e email:
Helena de Souza e Silva, matrícula 71320276. Email helenamacedoo@hotmai.com

2.      Objetivos:

- levar discentes do curso de Licenciatura em Letras a refletir criticamente sobre a concepção de ensino de língua materna a partir dos gêneros textuais, em contato com diferentes realidades culturais da Baixada Fluminense;
- relacionar os diferentes gêneros textuais ao painel histórico social das comunidades envolvidas, em diálogo também com as inovações tecnológicas e com a produção de novos gêneros visíveis nas telas/paredes das mídias digitais;    
- oportunizar, aos discentes envolvidos, a vivência no cotidiano escolar de questões teóricas/metodológicas vinculadas a sua formação docente debatidas na universidade;
- implementar, em unidades de educação básica, ações que estimulem o desenvolvimento da competência comunicativa através do uso de diferentes gêneros textuais e que sensibilizem para a dinâmica social de construção das identidades culturais, em um constante processo de atualização e imbricagem de sentidos. 



3.      Descrição das Atividades Previstas e Desenvolvidas:
Atividades desenvolvidas:
1. Participação no  Encontro PIBID UNIABEU, em 8/3/2014.
2. Reuniões com a coordenadora do subprojeto Letras - Português, profa. Dra. Claudia Fabiana de Oliveira Cardoso. Tivemos encontros para a formação dos bolsistas, com o grupo de estudos para a leitura crítica da bibliografia inicial, além de discussões sobre nossa atuação no projeto, confecção do blog, a elaboração do currículo lattes; e discussão sobre a elaboração e a execução da avaliação diagnóstica.
3. Reuniões com o professor supervisor do Instituto de Educação Carlos Pasquale, Daniel Martins Junqueira. Fizemos reconhecimento da realidade escolar e avaliações do ensino de língua portuguesa a partir dos gêneros textuais nas turmas. Também houve discussão sobre a elaboração e a execução da avaliação diagnóstica.

4. Reunião com a coordenadora geral do PIBID UNIABEU, prof .Shirley Carreira, em 21 de maio de 2014, na Uniabeu recebemos instruções sobre a participação no projeto e orientações sobre o blog.
5. Elaboração do meu currículo lattes http://lattes.cnpq.br/7331712800385558
6. Construção de um blog individual  http://pibid-uniabeuportugueshelenamacedo.blogspot.com.br
7. Fichamento dos textos: “Produção Textual, Análise dos textos e compreensão- segunda parte: Gêneros Textuais no ensino da língua” Marcuschi, Luiz Antonio.
Orientações curriculares para o Ensino Médio, Volume 1: linguagens códigos e suas tecnologias.
8. Elaboração, junto com o grupo, das questões para a avaliação diagnóstica.
9. Aplicação da avaliação diagnóstica no dia 05/05/2014.
10. Análise da avaliação diagnóstica no dia 26/05/2014, com confecção de gráficos com os resultados.

4.      Descrição das Atividades Previstas e Não Desenvolvidas:
Durante o semestre, nenhuma atividade deixou de ser desenvolvida.



5.      Bibliografia (conforme as normas da ABNT)
HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Orientações Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2006.



6.      Anexos (se necessário)






Nova Iguaçu, 15 de julho de 2014.

Helena de Souza e Silva



Fichamento do livro A IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE Stuart Hall

1. A IDENTIDADE EM QUESTÃO

    “O propósito deste livro é explorar algumas das questões sobre a identidade cultural na modernidade tardia e avaliar se existe uma "crise de identidade", em que consiste essa crise e em que direção ela está indo. O livro se volta para questões como:Que pretendemos dizer com "crise de identidade"? Que acontecimentos recentes nas sociedades modernas precipitaram essa crise? Que formas ela toma? Quais são suas consequências potenciais? A primeira parte do livro (caps. 1-2) lida com mudanças nos conceitos  de  identidade  e   de  sujeito.  A  segunda   parte  (caps.  3-6)  desenvolve  esse argumento   com   relação   a  identidades   culturais      aqueles   aspectos   de   nossas identidades   que   surgem   de  nosso   "pertencimento"   a   culturas   étnicas,   raciais,lingüísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais.”(p.7-8)

Três concepções de identidade

“Para os propósitos desta exposição, distinguirei três concepções muito diferentes de identidade, a saber, as concepções de identidade do:
a) sujeito do Iluminismo,b) sujeito sociológico e c) sujeito pós-moderno.
         O sujeito do Iluminismo estava baseado numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo "centro" consistia num núcleo interior, que pela primeira vez quando o  sujeito nascia e  com  ele  se desenvolvia, ainda  que  permanecendo essencialmente o mesmo — continuo ou "idêntico" a ele — ao longo da existência do indivíduo. O centro essencial do eu era a identidade de urna pessoa.” (p.10)
        
     “A noção de sujeito sociológico refletia a crescente complexidade do mundo moderno e a consciência de que este núcleo interior do sujeito não era autônomo e auto-suficiente, mas era formado na relação com "outras pessoas importantes para ele", que mediavam para o sujeito os valores, sentidos e símbolos — a cultura — dos mundos que ele/ela habitava.(...) De acordo com essa visão, que se tornou a concepção sociológica clássica da questão, a identidade é formada na "interação" entre o eu e a sociedade. O sujeito ainda tem um núcleo ou essência interior que é o "eu real", mas este é formado e modificado num diálogo contínuo com os mundos  culturais"exteriores" e as identidades que esses mundos oferecem.”(p.11)
“Argumenta-se, entretanto, que são exatamente essas coisas que agora estão"mudando".O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada  e estável,  está  se  tornando  fragmentado;composto não  de  uma única, mas de várias identidades,algumas vezes contraditórias ou não- resolvidas. Correspondentemente, as identidades, que compunham as paisagens sociais "lá fora" e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as "necessidades" objetivas da cultura, estão entrando emcolapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.”(p.12)
         “Argumenta-se, entretanto, que são exatamente essas coisas que agora estão "mudando". O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável,  está  se  tornando  fragmentado;  composto  não  de  uma  única,  mas   de  várias identidades,algumas vezes contraditórias ou não resolvidas. Correspondentemente, as identidades, que compunham as paisagens sociais "lá fora" e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as "necessidades" objetivas da cultura, estão entrando em colapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.”(p.12)
  

O caráter da mudança na modernidade tardia

“Um outro aspecto desta questão da identidade está relacionado ao caráter da mudança  na  modernidade   tardia;  em  particular,  ao  processo  de mudança  conhecido como "globalização" e seu impacto sobre a identidade cultural.”(p.14)
            “As sociedades modernas são, portanto, por definição, sociedades de mudança constante, rápida  e permanente. Esta   é   a   principal   distinção   entre   as  sociedades "tradicionais" e as "modernas".”(p.14)
             “Giddens cita, em particular, o ritmo e o alcance da mudança — "à medida em que áreas diferentes do globo são postas em interconexão umas com as outras, ondas de transformação social atingem virtualmente toda a superfície da terra" — e a natureza das instituições modernas (Giddens, 1990, p. 6).”(p.15)
                   

2. NASCIMENTO E MORTE DO SUJEITO MODERNO
    
        “Meu objetivo é traçar os estágios através dos quais uma versão particular do "sujeito humano" — com certas capacidades humanas fixas e um sentimento estável de sua própria identidade e lugar na ordem das coisas — emergiu pela primeira vez na idade moderna; como ele se tornou "centrado", nos discursos e práticas que moldaram as sociedades modernas; como adquiriu uma definição mais sociológica ou interativa; e como   ele   está   sendo  "descentrado" na modernidade tardia.  O foco principal deste capítulo é conceitual, centrando-se em concepções mutantes do sujeito humano, visto como uma figura discursiva, cuja forma unificada e identidade racional eram pressupostas tanto pelos discursos do pensamento moderno quanto pelos processos que moldaram a modernidade, sendo-lhes essenciais.” (p.23)
    "As transformações associadas à modernidade libertaram o indivíduo de seus apoios estáveis nas tradições e nas  estruturas.  Antes se acreditava que essas eram divinamente estabelecidas; não estavam sujeitas, portanto,amudanças fundamentais.”(p.25)
         “Raymond Williams observa que a história moderna do sujeito individual reúne dois significados distintos: por um lado, o sujeito é "indivisível" — uma entidade que é unificada no seu próprio interior e não pode ser dividida além disso; por outro lado, é também uma entidade que é "singular, distintiva, única" (veja Williams, 1976; pp. 133-5: verbete "individual").”(p.25)
       
 Emergiu, então, unia concepção mais social do sujeito. O indivíduo passou a ser visto  como   mais   localizado   e   "definido"   no   interior   dessas   grandes   estruturas   e formações sustentadoras da sociedade moderna.”(p.30)
“O segundo evento foi o surgimento das novas ciências sociais. Entretanto, as transformações que isso pôs em ação foram desiguais:

• O "indivíduo soberano", com as suas (dele) vontades, necessidades, desejos e interesses,   permaneceu   a   figura   central   tanto   nos   discursos   da   economia moderna quanto nos da lei moderna. (...)

•  A sociologia, entretanto, forneceu uma crítica do "individualismo racional" do sujeito cartesiano. Localizou o indivíduo em processos de grupo e nas normas coletivas as quais, argumentava, subjaziam a qualquer contrato entre sujeitos individuais. Em conseqüência, desenvolveu uma explicação alternativa do modo como os indivíduos são formados subjetivamente através de sua participação em relações sociais mais amplas ; e, inversamente, do modo como os processos e as estruturas   são   sustentados   pelos   papéis   que   os  indivíduos   neles desempenham.”(p.30-31)
“(...)um quadro mais perturbado e perturbador do sujeito e da identidade estava começando  a   emergir   dos   movimentos   estéticos   e   intelectuais   associado   com   o surgimento do Modernismo.Encontramos, aqui, a figura do indivíduo isolado, exilado ou alienado, colocado contra o pano-de-fundo da multidão ou da metrópole anônima e impessoal.”(p.32)

Descentrando o sujeito
           

      “A primeira descentração importante refere- se às tradições do pensamento marxista.Os escritos de Marx pertencem, naturalmente, ao século XIX e não ao século XX. Mas um dos modos pelos quais seu trabalho foi redescoberto e reinterpretado na década de sessenta foi à luz da sua afirmação de que os "homens (sic) fazem a história, mas apenas sob as condições que lhes são dadas".(...) Essa "revolução teórica total" foi, é óbvio,fortemente   contestada   por   muitos   teóricos   humanistas   que   dão   maior   peso,   na explicação histórica, à agência humana.”(p.34-36)
    “Assim, a identidade é realmente algo formado, ao longo do tempo, através de processos  inconscientes, e não  algo inato, existente  na  consciência no  momento  do nascimento.  Existe sempre algo "imaginário" ou fantasiado sobre sua unidade.  Ela permanece sempre incompleta, está sempre "em processo", sempre "sendo formada".”(p.38)
“O terceiro descentramento que examinarei está associado com o trabalho do lingüista estrutural, Ferdinand de Saussure. Saussure argumentava que nós não somos,em nenhum sentido, os "autores" das afirmações que fazemos ou dos significados que expressamos na língua. Nós podemos utilizar a língua para produzir significados apenas nos posicionando no interior das regras da língua e dos sistemas de significado de nossa
cultura. A língua é um sistema social e não um sistema individual. Ela preexiste a nós. Não podemos, em qualquer sentido simples, ser seus autores. Falar uma língua   não significa apenas  expressar  nossos  pensamentos   mais  interiores  e  originais;  significa também ativar a imensa gama de significados que já estão embutidos em nossa língua e em nossos sistemas culturais.”(p.40)
“O quarto descentramento principal da identidade e do sujeito ocorre no trabalho do  filósofo e  historiador francês  Michel  Foucault. Numa  série de estudos, Foucault produziu uma espécie de "genealogia do sujeito moderno". Foucault destaca um novo tipo de poder, que ele chama de "poder disciplinar", que se desdobra ao longo do século XIX, chegando ao seu desenvolvimento máximo no início do presente século. O poder
disciplinar   está   preocupado,   em   primeiro   lugar,   com   a   regulação,   a   vigilância   é   o governo da espécie humana ou de populações inteiras e, em segundo lugar, do indivíduo e do corpo.”(p.41-42)
“O  quinto descentramento que  os  proponentes dessa  posição citam  é  o impacto  do feminismo,   tanto   como   uma   crítica   teórica   quanto   como  um   movimento  social.   O feminismo  faz  parte daquele  grupo  de "novos  movimentos  sociais", que emergiram durante os anos sessenta (o grande marco da modernidade tardia), juntamente com as revoltas estudantis, os movimentos juvenis contraculturais e antibelicistas, as lutas pelos direitos  civis, os  movimentos revolucionários  do  "Terceiro Mundo", os movimentos pela paz e tudo aquilo que está associado com "1968".”(p.43-44)


3. AS CULTURAS NACIONAIS COMO COMUNIDADES IMAGINADAS

“A identidade cultural particular com a qual estou preocupado é a identidade nacional (embora outros aspectos estejam aí implicados).” (p.47)
“Ernest Gellner, a partir de uma posição mais liberal, também acredita que sem um sentimento de identificação nacional o sujeito moderno experimentaria um profundo sentimento de perda subjetiva.”(p.48)
“As pessoas não são apenas cidadãos/ãs legais de uma nação; elas participam da idéia da nação tal como representada em sua cultura nacional. Uma nação é uma comunidade simbólica e é isso que explica seu "poder para gerar um sentimento de identidade e lealdade”

Narrando a nação: uma comunidade imaginada

“As culturas nacionais são compostas não apenas de instituições culturais, mas também de símbolos e representações. Uma cultura nacional é um discurso — um modo de construir sentidos que influencia e organiza tanto nossas ações quanto a concepção que temos de nós mesmos(...)”(p.50)
“Como   argumentou   Benedict   Anderson   (1983),   a   identidade   nacional   é   uma "comunidade imaginada".” (p.51)
“Que estratégias  representacionais  são acionadas  para construir nosso  senso comum sobre o pertencimento ou sobre a identidade nacional? Quais são as representações,digamos, de "Inglaterra", que dominam as identificações e definem as identidades do povo "inglês"?”(p.51).
“Uma terceira estratégia discursiva é constituída por aquilo que Hobsbawm e Ranger chamam de invenção da tradição: "Tradições que parecem ou alegam ser antigas são muitas   vezes  de   origem   bastante   recente   e   algumas   vezes   inventadas...   Tradição inventada significa um conjunto de práticas... , de natureza ritual ou simbólica, que buscam inculcar certos valores e normas de comportamentos através da repetição, a qual,   automaticamente,  implica   continuidade   com   um   passado   histórico adequado".”(p.54)
“Um quarto exemplo de narrativa da cultura nacional é a do  mito fundacional: uma estória que localiza a origem da nação, do povo e de seu caráter nacional num passado tão distante que eles se perdem nas brumas do tempo, não do tempo "real", mas de um tempo "mítico". Tradições inventadas tornam as confusões e os desastres da história inteligíveis, transformando a desordem em "comunidade" (por exemplo, a Blitz ou a evacuação   durante   a   II  Grande   Guerra)   e   desastres   em   triunfos   (por   exemplo, Dunquerque).”(p.54-55)


Desconstruindo a "cultura nacional": identidade e diferença


 “Uma cultura nacional nunca foi um simples ponto de lealdade, união e identificação simbólica.(...)  A  maioria   das   nações   consiste   de   culturas   separadas   que      foram unificadas por um longo processo de conquista violenta —isto é, pela supressão forçada da   diferença  cultural.(...)   Em   segundo  lugar,  as   nações   são   sempre   compostas   de diferentes classes socais e diferentes grupos étnicos e de gênero.” (p.59-60)
“A etnia é o termo que utilizamos para nos referirmos às características culturais  língua, religião, costume, tradições, sentimento de "lugar" — que são partilhadas por um povo.(...) As nações modernas silo, todas, híbridos culturais.”(p.62)
“E ainda mais difícil unificar a identidade nacional em torno da raça. Em primeiro lugar, porque      contrariamente   à   crença   generalizada        a   raça   não  é   uma  categoria biológica  ou  genética  que  tenha  qualquer  validade  científica.    diferentes tipos  e variedades,  mas  eles   estão   tão  largamente  dispersos  no   interior  do  que chamamos de"raças"quanto entre uma "raça"e outra.(p.62)
“A  raça  é  uma  categoria   discursiva  e  não  uma  categoria  biológica.  Isto  é,  ela  é  a categoria organizadora daquelas formas de falar, daqueles sistemas de representação e práticas sociais   (discursos)  que  utilizam   um  conjunto   frouxo,  freqüentemente  pouco específico, de diferenças em termos de características físicas — cor da pele, textura do cabelo, características físicas e corporais, etc. — como marcas simbólicas, a fim de diferenciar socialmente um grupo de outro.”(p.63)
“Mas mesmo quando o conceito de "raça" é usado dessa forma discursiva mais ampla,as nações modernas teimosamente se recusam a ser determinadas por ela.”(p.64)
“As identidades nacionais não subordinam todas as outras formas de diferença e não estão livres do jogo de poder, de divisões e contradições internas, de lealdades e de diferenças sobrepostas. Assim, quando vamos discutir se as identidades nacionais estão sendo deslocadas,   devemos  ter   em  mente   a  forma  pela   qual  as   culturas  nacionais contribuem para "costurar" as diferenças numa única identidade.”(p.65)

4. GLOBALIZAÇÃO

“O capítulo anterior questionou a idéia de que as identidades nacionais tenham sido alguma vez tão unificadas ou  homogêneas quanto fazem   crer as representações que delas se fazem. Entretanto, na história moderna, as culturas nacionais têm dominado a "modernidade" e as identidades nacionais tendem a se sobrepor a outras fontes, mais particularistas, de identificação cultural.”(p.67)
“A globalização implica um movimento de distanciamento da idéia sociológica clássica da "sociedade" como um sistema bem delimitado e sua substituição por uma perspectiva que se concentra na forma como a vida social está ordenada ao longo do tempo e do espaço"(Giddens, 1990, p. 64). Essas novas características temporais e espaciais, que resultam na compressão de distâncias e de escalas temporais, estão entre os aspectos mais importantes da globalização a ter efeito sobre as identidades culturais. Eles são discutidos com mais detalhes no que se segue.”(p.67-68)

Compressão espaço-tempo e identidade

“O que é importante para nosso argumento quanto ao impacto da globalização sobre a identidade é que o tempo e o espaço são também as coordenadas básicas de todos os sistemas de representação. Todo meio de representação — escrita, pintura, desenho,fotografia, simbolização através da arte on dos sistemas de telecomunicação — deve traduzir seu objeto em dimensões espaciais e temporais. Assim, a narrativa traduz os eventos   numa   seqüência   temporal   "começo-meio-fim";   os   sistemas   visuais  de representação traduzem objetos tridimensionais em duas dimensões.”(p.70)
“No capitulo 3 argumentei que a identidade está profundamente envolvida no processo de representação. Assim, a moldagem e a remoldagem de relações espaço-tempo no interior de diferentes sistemas de representação têm efeitos profundos sobre a forma como as identidades são localizadas e representadas.”(p.71)

Em direção ao pós-moderno global?

“Alguns teóricos argumentam que o efeito geral desses processos globais tem sido o de enfraquecer ou solapar formas nacionais de identidade cultural. Eles argumentam que existem evidências de um afrouxamento de fortes identificações com a cultura nacional, e um reforçamento de outros laços e lealdades culturais, "acima" e "abaixo" do nível do estado-nação. As identidades nacionais permanecem fortes, especialmente com respeito a coisas como direitos legais e de cidadania, mas as  identidades  locais, regionais e comunitárias têm se tornado mais importantes. Colocadas acima do nível da cultura nacional, as identificações "globais" começam a deslocar e, algumas vezes, a apagar, as identidades nacionais.”(p.73)
“Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas   viagens internacionais, pelas imagens da mídia e  pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas — desalojadas — de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e parecem "flutuar livremente". Somos confrontados por uma gama de diferentes identidades (cada qual nos fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes partes de nós), dentre as quais  parece possível  fazer uma  escolha. Foi  a  difusão do  consumismo, seja  como realidade, seja como sonho, que contribuiu para esse efeito de "supermercado cultural". No interior do discurso do consumismo global, as diferenças e as distinções culturais,que até então definiam a identidade, ficam reduzidas a uma espécie de língua franca internacional ou de moeda global, em termos das quais todas as tradições específicas e todas as diferentes identidades podem ser traduzidas. Este fenômeno é conhecido como "homogeneização cultural". (p.75-76)

5. O GLOBAL, O LOCAL E O RETORNO DA ETNIA
“As identidades nacionais estão sendo "homogeneizadas"? A homogeneização cultural é o grito angustiado daqueles/as que estão convencidos/as de que a globalização ameaça solapar as identidades e a "unidade" das culturas nacionais.”(p.77)
“Pode-se   considerar,   no   mínimo,   três   qualificações   ou   contra tendências principais. A primeira vem do argumento de Kevin Robin e da observação de que, ao lado da tendência em direção à homogeneização global, há também uma fascinação com a   diferença   e   com   a  mercantilização   da   etnia   e   da   "alteridade".(...)   A   segunda qualificação   relativamente  ao   argumento   sobre   a   homogeneização   global   das identidades é que a globalização é muito desigualmente distribuída ao redor do globo,entre regiões e entre diferentes estratos da população dentro das regiões. Isto é o que Doreen Massey chama de "geometria do poder" da globalização.(...) O terceiro ponto na crítica da homogeneização cultural é a questão de se saber o que é mais afetado por ela. Uma vez que a direção do fluxo é desequilibrada, e que continuam a existir relações desiguais   de   poder   cultural   entre   "o   Ocidente"   e   "o  Resto",   pode   parecer   que   a globalização    embora seja,  por  definição,  algo  que afeta  o  globo  inteiro    seja essencialmente um fenômeno ocidental.”(p.77-78)
“A proliferação das escolhas de identidade é mais ampla no "centro" do sistema global que  nas   suas   periferias.   Os padrões de troca cultural desigual, familiar desde as primeiras fases da globalização, continuam a existir na modernidade tardia.”(p.77)

The Rest in the West (O Resto no Ocidente)

“As páginas precedentes apresentaram três qualificações relativamente à primeira das três possíveis conseqüências da globalização, isto é, a homogeneização das identidades globais. Elas são:
 a)  globalização  caminha  em  paralelo  com  um   reforçamento   das   identidades   locais, embora isso ainda esteja dentro da lógica da compressão espaço-tempo.
b) A globalização é um processo desigual e tem sua própria "geometria de poder".
c)  A   globalização   retém   alguns   aspectos   da   dominação   global   ocidental,   mas   as identidades   culturais   estão,   em   toda   parte,   sendo   relativizadas   pelo   impacto   da compressão espaço-tempo.” (p.80-81)

A dialética das identidades


“O primeiro efeito tem sido o de contestar os contornos estabelecidos da identidade nacional e o de expor seu fechamento às pressões da diferença, da "alteridade" e da diversidade cultural. Isto está acontecendo, em diferentes graus, em todas as culturas nacionais ocidentais e, como conseqüência, fez com que toda a questão da identidade nacional e da "centralidade" cultural do Ocidente fosse abertamente discutida.”(p.83)
“Também há algumas evidências da terceira conseqüência possível da globalização — a produção   de   novas   identidades.   Um bom exemplo é, o das novas identidades  que emergiram nos anos 70, agrupadas ao redor do significante black, o qual, no contexto britânico,  fornece   um  novo   foco   de   identificação  tanto   para   as   comunidades   afro-caribenhas quanto para as asiáticas.”(p.86)
“Como conclusão  provisória, parece  então  que a globalização  tem, sim,  o  efeito de contestar e deslocar as identidades centradas e "fechadas" de urna cultura nacional. Ela tem  um   efeito   pluralizante   sobre   as   identidades,   produzindo   uma   variedade   de possibilidades     novas   posições   de   identificação,     tornando   as   identidades mais posicionais, mais políticas, mais plurais e diversas; menos fixas, unificadas ou trans-históricas. Entretanto,seu efeito geral permanece contraditório.”(p.87)
“Essas pessoas retêm fortes vínculos com seus lugares de origem e suas tradições, mas sem a ilusão de um retorno ao passado. Elas são obrigadas a negociar com as novas culturas em que vivem, sem simplesmente serem assimiladas por elas e  sem perder completamente suas identidades.”(p.88)

6. FUNDAMENTALISMO, DIASPORA E HIBRIDISMO

“Algumas pessoas argumentam que o "hibridismo" e o sincretismo — a fusão entre diferentes tradições   culturais  —  são  uma poderosa fonte criativa,  produzindo  novas formas de cultura, mais apropriadas à modernidade tardia que às velhas e contestadas identidades   do  passado.   Outras, entretanto, argumentam que o hibridismo, com a indeterminação, a "dupla consciência" e o relativismo que implica, também tem seus custos e perigos.”(p.91)
“A  tendência   em   direção   à   "homogeneização   global",   pois,   tem   seu   paralelo   num poderoso revival da "etnia", algumas vezes de variedades mais híbridas ou simbólicas,mas também freqüentemente das variedades exclusivas ou "essencialistas" mencionadas anteriormente.”(p.95)
“O ressurgimento do nacionalismo e de outras formas de particularismo no final do século XX, ao lado da globalização e a ela intimamente ligado, constitui, obviamente urna reversão notável, uma virada bastante inesperada dos acontecimentos. Nada nas perspectivas iluministas modernizantes ou nas ideologias do Ocidente nem o liberalismo nem, na verdade, o marxismo, que, apesar de toda sua oposição ao liberalismo, também viu     capitalismo  como     agente   involuntário   da   "modernidade"   previa   um   tal resultado.”(p.96)



http://www.mediafire.com/view/30ea502637g38de/slides_pibid.pptx

Link dos slides da 2ª oficina no IECP- Mulher -  Decreto - Lei

http://www.mediafire.com/view/gwkh9ij5en9b6b3/hand_out_2%C2%B0.docx

Link do hand out da 2ª oficina

https://www.mediafire.com/?moyye689m3p15ax

Link do plano de aula da 2ª oficina



Nenhum comentário:

Postar um comentário