Relatório de Desenvolvimento
do Subprojeto do PIBID
Bolsista de ID
1.
Identificação
|
Subprojeto: Pibid Uniabeu-Subprojeto: Letras Português – “Grafitagens-
Gêneros Textuais e identidades culturais”
|
1.1.Nome do bolsista,
matrícula e email: Helena de Souza e Silva,
71320276, helenamacedoo@hotmail.com
|
2.
Objetivos:
|
Levar discentes do curso de Licenciatura em Letras a refletir
criticamente sobre a concepção de ensino de língua materna a partir dos
gêneros textuais, em contato com diferentes realidades culturais da Baixada
Fluminense;
- relacionar os diferentes gêneros textuais ao painel histórico
social das comunidades envolvidas, em diálogo também com as inovações
tecnológicas e com a produção de novos gêneros visíveis nas telas/paredes das
mídias digitais;
- oportunizar, aos discentes envolvidos, a vivência no cotidiano
escolar de questões teóricas/metodológicas vinculadas a sua formação docente
debatidas na universidade;
- implementar, em unidades
de educação básica, ações que estimulem o desenvolvimento da competência
comunicativa através do uso de diferentes gêneros textuais e que sensibilizem
para a dinâmica social de construção das identidades culturais, em um
constante processo de atualização e imbricagem de sentidos.
|
3.
Descrição das Atividades Previstas e Desenvolvidas:
|
Atividades desenvolvidas:
1.
Participação no Encontro PIBID UNIABEU, em 8/3/2014.
2.
Reuniões com a coordenadora do subprojeto Letras - Português, profa. Dra.
Claudia Fabiana de Oliveira Cardoso. Tivemos encontros para a formação dos
bolsistas, com o grupo de estudos para a leitura crítica da bibliografia
inicial, além de discussões sobre nossa atuação no
projeto, confecção do blog, a elaboração do currículo lattes; e discussão
sobre a elaboração e a execução da avaliação diagnóstica.
3.
Reuniões com o professor supervisor do Instituto de Educação Carlos Pasquale, Daniel
Martins Junqueira. Fizemos reconhecimento da realidade escolar e avaliações
do ensino de língua portuguesa a partir dos gêneros textuais nas turmas.
Também houve discussão sobre a elaboração e a execução da avaliação
diagnóstica.
4.
Reunião com a coordenadora geral do PIBID UNIABEU, prof. Shirley Carreira, em
21 de maio de 2014, na Uniabeu recebemos instruções sobre a participação no
projeto e orientações sobre o blog.
7. Fichamento dos textos: “Produção Textual, Análise dos textos
e compreensão- segunda parte: Gêneros Textuais no ensino da língua”
Marcuschi, Luiz Antonio.
Orientações curriculares para o Ensino Médio, Volume 1:
linguagens códigos e suas tecnologias.
8. Elaboração, junto com o grupo, das questões para a avaliação
diagnóstica.
9. Aplicação da avaliação diagnóstica no dia 05/05/2014.
10. Análise da avaliação diagnóstica no dia 26/05/2014, com
confecção de gráficos com os resultados.
Iniciamos o segundo
semestre do projeto no dia 22 de julho, terça-feira, sendo a 1° reunião no
IECP pós recesso. Nesta reunião o coordenador Daniel nos orientou a respeito
das atividades que seriam desenvolvidas a partir da segunda semana de agosto.
Em 31 de julho, quinta-feira, sendo o
1° encontro do Pibid pós recesso na UNIABEU. Recebemos as boas vindas de
nossa coordenadora de área, professora Claudia Fabiana e fomos motivados a
trabalhar no desenvolvimento das atividades que deverão ser realizadas nas
escolas no segundo semestre, visto que depois do primeiro semestre nos
encontrávamos preparados e ansiosos ao cumprimento
de mais uma etapa do projeto.
Realizamos as oficinas: ESCRITAS DE SI:
REDISCUTINDO IDENTIDADES CULTURAIS ATRAVÉS DE GÊNROS TEXTUAIS. As
apresentações seguiram a ordem: Primeira
oficina: diário no dia 28 de agosto de 2014, segunda oficina: decreto-lei no
dia 4 de setembro de 2014, terceira oficina: crônica no dia 11 de setembro de
2014 e a última oficina: obituário aconteceu no dia 18 de setembro de 2014.
Os gêneros escolhidos foram os que os alunos marcaram como sendo os menos
conhecidos os desconhecidos por eles.
Neste
semestre nossa coordenadora, deu-nos mais uma tarefa para o nosso
crescimento, o fichamento do livro de Stuart Hall – 10° edição – A identidade
cultural da pós-modernidade.
No
dia 24 de outubro realizamos a monitoria de apoio à escrita. Essa atividade
teve por objetivo corrigir e orientar os alunos sobre os erros semânticos e
gramaticais nas produções das oficinas.
Realizamos no IECP a Primeira Semana de
Literatura InfantoJuvenil do dia 12 à 14 de novembro, para isso realizamos
ensaios todo o mês, isso nos aproximou dos alunos. A apresentação tinha como
nome: Grandes Personagens
no Palco da Baixada Fluminense e no dia 14 de setembro de 2014os alunos do
IECP reproduziram, em forma de atuação, algumas fábulas da Literatura
Infantojuvenil.
Por fim, no dia 29 de novembro tivemos o
Primeiro Seminário Institucional do PIBID. Além das apresentações dos
coordenadores da UNIABEU como da UFRRJ, nós bolsistas, também apresentamos
nossos resultados. Nesta ocasião apresentei com o bolsista Caio Pompeu o
nosso trabalho intitulado Grandes personagens no palco da Baixada Fluminense,
o meu em forma de slides e o do Caio em forma de artigo. Fomos orientados por
nossa coordenadora Claudia Fabiana que nos deu todo o suporte durante a
elaboração do projeto.
-Participar
do PIBID durante o ano de 2014 foi uma experiência muito importante para
minha formação acadêmica, ter um blog meu onde posso relatar as atividades
que realizo não só no IECP, mas também nas reuniões com o monitor Daniel e
com a coordenadora Claudia Fabiana é sem dúvida algo de grande relevância,
estabelecer com os alunos um contato maior durante a avaliação diagnóstica as
oficinas, a monitoria de apoio à escrita e a Semana de Literatura
Infantojuvenil me deu a oportunidade de vivenciar o cotidiano do magistério,
oportunidade essa que me fez ver que escolhi a profissão certa para mim. O
projeto tem contribuído não só para o meu crescimento profissional, mas
também para pessoal, pois a cada atividade realizada vejo o quanto me faz bem
estar participando de um projeto dessa grandeza.
|
4.
Descrição das Atividades Previstas e Não
Desenvolvidas:
|
Durante
o ano não houve atividades previstas que não foram realizadas.
|
5.
AUTOAVALIAÇÃO
|
- Qual é o seu grau de conhecimento
do projeto e subprojeto?
( x )plenamente satisfatório (
)satisfatório ( )regular ( )insatisfatório
- Como você avalia sua:
. participação:
( x
)plenamente satisfatória ( )satisfatória (
)regular ( )insatisfatória
. assiduidade:
( )
plenamente satisfatória ( x )satisfatória ( )regular
( )insatisfatória
.pontualidade:
( x )
plenamente satisfatória ( )satisfatória ( )regular
( )insatisfatória
.envolvimento com as atividades
propostas:
( x )
plenamente satisfatório ( )satisfatório ( )regular
( )insatisfatório
- Como você considera seu crescimento
pessoal e profissional a partir do projeto do Pibid:
( x )plenamente
satisfatório ( )satisfatório ( )regular
( )insatisfatório
- Como você avalia seu preenchimento
da planilha de atividades semanais e do diário de campo:
( x )
plenamente satisfatório ( )satisfatório ( )regular
( )insatisfatório
- Sobre a realização das atividades
planejadas – dificuldades e êxitos (relacionar as atividades e indicar as
dificuldades)
Resposta:
Não tivemos dificuldade em realizar as atividades, e realizamos com bastante
êxito as oficinas, e o Projeto da Semana da Literatura Infantojuvenil.
- Como você avalia seu relacionamento
com os outros membros do grupo incluindo supervisor e coordenador, ou de
outros grupos do PIBID que atuam na mesma escola (apontar pontos positivos e
(caso houver) pontos negativos)
( x )
plenamente satisfatório ( )satisfatório ( )regular
( )insatisfatório
Comentário: Aprendo bastante com o bom
relacionamento que possuo com os coordenadores e os outros bosistas.
- Quanto à elaboração e ao
preenchimento dos documentos PIBID, relate os pontos que facilitaram e/ou
dificultaram:
Resposta:
Não encontrei dificuldades para preencher os documentos.
- Quais foram os pontos positivos do
PIBID?
Resposta: Ampliação de conhecimentos.
- Quais foram os pontos negativos do
PIBID (quando houver)?
Resposta: Não houve.
- Quais são as suas sugestões para a
melhoria do Programa?
Resposta: Não possuo sugestões.
|
HALL, Stuart. Identidade cultural na
pós-modernidade. Rio de
Janeiro: DP&A, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de
gêneros e compreensão. São
Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Orientações Curriculares
Nacionais. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica,
2006.
CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. São
Paulo: Companhia das Letras, 1993.
HALL, Stuart. Identidade cultural na
pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise
de gêneros e compreensão.
São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Orientações Curriculares Nacionais. Linguagens,
códigos e suas tecnologias. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria da Educação
Básica, 2006.
PERRAULT, Charles. Contos de fadas. Rio de
Janeiro: Zahar, 2007.
|
7.
Anexos (se
necessário)
|
|
Nilópolis, 16 de
dezembro de 2014.
Helena
de Souza e Silva
__________________________________
Nome do Bolsista e assinatura
Decreto lei – Violência contra a mulher
O filme mostra uma realidade que ainda
existe não só no Nordeste, mas em muitos lugares do Brasil.
Retrata a vida de Maria uma criança que aprendeu a escrever seu nome e aparentemente estava muito feliz em escrevê-lo, mas sua mãe não achava que isso era bom para ela, para sua mãe o importante era que Maria ajuda-se nos afazeres de casa, ou seja, que ao crescer tivesse uma vida como a da sua mãe.
Ao final da história podemos ver que Maria muito envelhecida e cansada, está velando o corpo de sua mãe e faz a mesma coisa com sua filha, que sua mãe fez com ela na janela quando estava escrevendo seu nome, e nesse caderno podemos ver quantas Marias passaram pela mesma situação, é algo que não muda.
Retrata a vida de Maria uma criança que aprendeu a escrever seu nome e aparentemente estava muito feliz em escrevê-lo, mas sua mãe não achava que isso era bom para ela, para sua mãe o importante era que Maria ajuda-se nos afazeres de casa, ou seja, que ao crescer tivesse uma vida como a da sua mãe.
Ao final da história podemos ver que Maria muito envelhecida e cansada, está velando o corpo de sua mãe e faz a mesma coisa com sua filha, que sua mãe fez com ela na janela quando estava escrevendo seu nome, e nesse caderno podemos ver quantas Marias passaram pela mesma situação, é algo que não muda.
Definição – Decreto Lei
Ato decretado com poder de lei e expedido
pelo Poder Executivo quando este exerce as funções do Poder Legislativo.
Eles existem para: Os decretos-lei
podem ser aplicados à ordem econômica,
fiscal, social, territorial e de segurança, com legitimidade efetiva de uma
norma administrativa e poder de lei desde a sua edição, sanção e publicação no
diário ou jornal oficial.
Nº 11.340, DE 7 DE
AGOSTO DE 2006.“Maria da Penha”
Tornou-se o principal instrumento legal para
coibir e punir a violência doméstica praticada contra mulheres no Brasil.A lei
trouxe uma série de medidas para proteger a mulher agredida, que está em
situação de agressão ou cuja vida corre riscos.
Em 2012, foi considerada pela Organização
das Nações Unidas (ONU), a terceira melhor lei do mundo no combate à violência
doméstica, perdendo apenas para Espanha e Chile. É conhecida por
mais de 94% da população brasileira.
A Lei Maria da Penha (11.340/06) é considerada
uma importante conquista no combate à violência doméstica e familiar contra as
mulheres. Recebeu esse nome como forma de homenagear a pessoa símbolo dessa
luta, Maria da Penha Fernandes, que sobreviveu a duas tentativas de homicídio
por parte do ex-marido, ficou paraplégica, mas se engajou na luta pelos
direitos da mulher e na busca pela punição dos culpados. No seu caso, a punição
do marido agressor só veio 19 anos e 6 meses depois.
Obediência
em suas 2 faces - A principal característica da mulher é a OBEDIÊNCIA?
A mesma frase cabe a papeis tão distintos?A resposta
é SIM.
“A
principal característica da mulher é a obediência, pois há anos a sociedade
machista a limitou de voos mais altos.”
Aqui a
obediência feminina à fornece um olhar negativo e de inferioridade.
Ex: Do segundo posicionamento:
“A principal característica da mulher é a
obediência às suas próprias vontades dando origem a outra característica
muito conhecida : a determinação.”
Aqui a
mulher recebe seu valorpositivo segundo suas conquistas e valor próprio.
Produção textual
Baseado
no que vimos, faça um relato de como você acredita na eficiência da aplicação
da lei n° 11.340 (Maria da Penha) na baixada fluminense
Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência
Gênero
textual - Obituário
Pé
na cova
Tem presunto
Flores, flores, flores
Firma sinistra é a nossa
A sua tristeza me importa
Peroba bate na madeira
O além pra mim é brincadeira
Todo mundo sabe
Mas não a hora
Fique tranquilo a sua vez já chega
Todo mundo sabe
Mas ignora
Devagarinho a sua morte vai chegar
Fui… Disk, fui
Se morreu não senti,se matei nem vi, o caixão é... Unidos do Irajá
Fui... Fui...
Gosta de flores?
Amanhã terás
Fui…
Pé na cova!
Flores, flores, flores
Firma sinistra é a nossa
A sua tristeza me importa
Peroba bate na madeira
O além pra mim é brincadeira
Todo mundo sabe
Mas não a hora
Fique tranquilo a sua vez já chega
Todo mundo sabe
Mas ignora
Devagarinho a sua morte vai chegar
Fui… Disk, fui
Se morreu não senti,se matei nem vi, o caixão é... Unidos do Irajá
Fui... Fui...
Gosta de flores?
Amanhã terás
Fui…
Pé na cova!
O Globo: Obituário Roberto
Segre. 12.03.2013
Definição
Informe da morte de um indivíduo em particular. Em caso
de pessoas ilustres, normalmente traz um resumo de suas realizações em vida,
frisando os episódios que as tornaram notáveis.
Estrutura
·
Confira os requisitos.
·
Inclua o principal.
·
Pense em seu público-alvo.
·
Coloque uma linha do tempo.
·
Evite detalhes desnecessários.
·
Não se esqueça da família.
·
Conclua com o aviso de serviço.
·
Coloque uma fotografia.
A partir do que foi exposto,
produza um obituário como você gostaria que sua morte fosse anunciada.
Relatório de Desenvolvimento do Subprojeto do PIBID
Bolsista de ID
1.
Identificação
|
1.1.Pibid Uniabeu-Subprojeto:
Letras Português
– “Grafitagens- Gêneros Textuais e identidades culturais”
|
1.2.Nome do bolsista,
matrícula e email:
Helena de Souza e Silva, matrícula 71320276. Email
helenamacedoo@hotmai.com
|
2.
Objetivos:
|
- levar discentes do curso de Licenciatura em
Letras a refletir criticamente sobre a concepção de ensino de língua materna
a partir dos gêneros textuais, em contato com diferentes realidades culturais
da Baixada Fluminense;
- relacionar os diferentes gêneros textuais ao
painel histórico social das comunidades envolvidas, em diálogo também com as
inovações tecnológicas e com a produção de novos gêneros visíveis nas
telas/paredes das mídias digitais;
- oportunizar, aos discentes envolvidos, a
vivência no cotidiano escolar de questões teóricas/metodológicas vinculadas a
sua formação docente debatidas na universidade;
- implementar, em
unidades de educação básica, ações que estimulem o desenvolvimento da competência
comunicativa através do uso de diferentes gêneros textuais e que sensibilizem
para a dinâmica social de construção das identidades culturais, em um
constante processo de atualização e imbricagem de sentidos.
|
3.
Descrição das Atividades Previstas e Desenvolvidas:
|
Atividades
desenvolvidas:
1.
Participação no Encontro PIBID
UNIABEU, em 8/3/2014.
2.
Reuniões com a coordenadora do subprojeto Letras - Português, profa. Dra. Claudia
Fabiana de Oliveira Cardoso. Tivemos encontros para a formação dos bolsistas,
com o grupo de estudos para a leitura crítica da bibliografia inicial, além
de discussões sobre nossa atuação no projeto, confecção do blog, a elaboração
do currículo lattes; e discussão sobre a elaboração e a execução da avaliação
diagnóstica.
3.
Reuniões com o professor supervisor do Instituto de Educação Carlos Pasquale,
Daniel Martins Junqueira. Fizemos reconhecimento da realidade escolar e avaliações
do ensino de língua portuguesa a partir dos gêneros textuais nas turmas.
Também houve discussão sobre a elaboração e a execução da avaliação
diagnóstica.
4.
Reunião com a coordenadora geral do PIBID UNIABEU, prof .Shirley Carreira, em
21 de maio de 2014, na Uniabeu recebemos instruções sobre a participação no
projeto e orientações sobre o blog.
5.
Elaboração do meu currículo lattes http://lattes.cnpq.br/7331712800385558
7. Fichamento dos textos: “Produção
Textual, Análise dos textos e compreensão- segunda parte: Gêneros Textuais no
ensino da língua” Marcuschi, Luiz Antonio.
Orientações curriculares para o Ensino
Médio, Volume 1: linguagens códigos e suas tecnologias.
8. Elaboração, junto com o grupo, das
questões para a avaliação diagnóstica.
9. Aplicação da avaliação diagnóstica
no dia 05/05/2014.
10. Análise da avaliação diagnóstica
no dia 26/05/2014, com confecção de gráficos com os resultados.
|
4.
Descrição das Atividades Previstas e Não
Desenvolvidas:
|
Durante o
semestre, nenhuma atividade deixou de ser desenvolvida.
|
HALL,
Stuart. Identidade cultural na
pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
MARCUSCHI,
Luiz Antônio. Produção textual, análise
de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
Orientações
Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria da Educação Básica, 2006.
|
6.
Anexos (se necessário)
|
Nova Iguaçu, 15
de julho de 2014.
Helena
de Souza e Silva
Fichamento do livro A IDENTIDADE CULTURAL NA PÓS-MODERNIDADE Stuart Hall
1. A IDENTIDADE EM QUESTÃO
“O propósito deste livro é explorar algumas das questões sobre a identidade cultural na modernidade tardia e avaliar se existe uma "crise de identidade", em que consiste essa crise e em que direção ela está indo. O livro se volta para questões como:Que pretendemos dizer com "crise de identidade"? Que acontecimentos recentes nas sociedades modernas precipitaram essa crise? Que formas ela toma? Quais são suas consequências potenciais? A primeira parte do livro (caps. 1-2) lida com mudanças nos conceitos de identidade e de sujeito. A segunda parte (caps. 3-6) desenvolve esse argumento com relação a identidades culturais — aqueles aspectos de nossas identidades que surgem de nosso "pertencimento" a culturas étnicas, raciais,lingüísticas, religiosas e, acima de tudo, nacionais.”(p.7-8)
Três concepções de identidade
“Para os propósitos desta exposição, distinguirei três concepções muito diferentes de identidade, a saber, as concepções de identidade do:
a) sujeito do Iluminismo,b) sujeito sociológico e c) sujeito pós-moderno.
O sujeito do Iluminismo estava baseado numa concepção da pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo "centro" consistia num núcleo interior, que pela primeira vez quando o sujeito nascia e com ele se desenvolvia, ainda que permanecendo essencialmente o mesmo — continuo ou "idêntico" a ele — ao longo da existência do indivíduo. O centro essencial do eu era a identidade de urna pessoa.” (p.10)
“A noção de sujeito sociológico refletia a crescente complexidade do mundo moderno e a consciência de que este núcleo interior do sujeito não era autônomo e auto-suficiente, mas era formado na relação com "outras pessoas importantes para ele", que mediavam para o sujeito os valores, sentidos e símbolos — a cultura — dos mundos que ele/ela habitava.(...) De acordo com essa visão, que se tornou a concepção sociológica clássica da questão, a identidade é formada na "interação" entre o eu e a sociedade. O sujeito ainda tem um núcleo ou essência interior que é o "eu real", mas este é formado e modificado num diálogo contínuo com os mundos culturais"exteriores" e as identidades que esses mundos oferecem.”(p.11)
“Argumenta-se, entretanto, que são exatamente essas coisas que agora estão"mudando".O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado;composto não de uma única, mas de várias identidades,algumas vezes contraditórias ou não- resolvidas. Correspondentemente, as identidades, que compunham as paisagens sociais "lá fora" e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as "necessidades" objetivas da cultura, estão entrando emcolapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.”(p.12)
“Argumenta-se, entretanto, que são exatamente essas coisas que agora estão "mudando". O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades,algumas vezes contraditórias ou não resolvidas. Correspondentemente, as identidades, que compunham as paisagens sociais "lá fora" e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as "necessidades" objetivas da cultura, estão entrando em colapso, como resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.”(p.12)
O caráter da mudança na modernidade tardia
“Um outro aspecto desta questão da identidade está relacionado ao caráter da mudança na modernidade tardia; em particular, ao processo de mudança conhecido como "globalização" e seu impacto sobre a identidade cultural.”(p.14)
“As sociedades modernas são, portanto, por definição, sociedades de mudança constante, rápida e permanente. Esta é a principal distinção entre as sociedades "tradicionais" e as "modernas".”(p.14)
“Giddens cita, em particular, o ritmo e o alcance da mudança — "à medida em que áreas diferentes do globo são postas em interconexão umas com as outras, ondas de transformação social atingem virtualmente toda a superfície da terra" — e a natureza das instituições modernas (Giddens, 1990, p. 6).”(p.15)
2. NASCIMENTO E MORTE DO SUJEITO MODERNO
“Meu objetivo é traçar os estágios através dos quais uma versão particular do "sujeito humano" — com certas capacidades humanas fixas e um sentimento estável de sua própria identidade e lugar na ordem das coisas — emergiu pela primeira vez na idade moderna; como ele se tornou "centrado", nos discursos e práticas que moldaram as sociedades modernas; como adquiriu uma definição mais sociológica ou interativa; e como ele está sendo "descentrado" na modernidade tardia. O foco principal deste capítulo é conceitual, centrando-se em concepções mutantes do sujeito humano, visto como uma figura discursiva, cuja forma unificada e identidade racional eram pressupostas tanto pelos discursos do pensamento moderno quanto pelos processos que moldaram a modernidade, sendo-lhes essenciais.” (p.23)
"As transformações associadas à modernidade libertaram o indivíduo de seus apoios estáveis nas tradições e nas estruturas. Antes se acreditava que essas eram divinamente estabelecidas; não estavam sujeitas, portanto,amudanças fundamentais.”(p.25)
“Raymond Williams observa que a história moderna do sujeito individual reúne dois significados distintos: por um lado, o sujeito é "indivisível" — uma entidade que é unificada no seu próprio interior e não pode ser dividida além disso; por outro lado, é também uma entidade que é "singular, distintiva, única" (veja Williams, 1976; pp. 133-5: verbete "individual").”(p.25)
Emergiu, então, unia concepção mais social do sujeito. O indivíduo passou a ser visto como mais localizado e "definido" no interior dessas grandes estruturas e formações sustentadoras da sociedade moderna.”(p.30)
“O segundo evento foi o surgimento das novas ciências sociais. Entretanto, as transformações que isso pôs em ação foram desiguais:
• O "indivíduo soberano", com as suas (dele) vontades, necessidades, desejos e interesses, permaneceu a figura central tanto nos discursos da economia moderna quanto nos da lei moderna. (...)
• A sociologia, entretanto, forneceu uma crítica do "individualismo racional" do sujeito cartesiano. Localizou o indivíduo em processos de grupo e nas normas coletivas as quais, argumentava, subjaziam a qualquer contrato entre sujeitos individuais. Em conseqüência, desenvolveu uma explicação alternativa do modo como os indivíduos são formados subjetivamente através de sua participação em relações sociais mais amplas ; e, inversamente, do modo como os processos e as estruturas são sustentados pelos papéis que os indivíduos neles desempenham.”(p.30-31)
“(...)um quadro mais perturbado e perturbador do sujeito e da identidade estava começando a emergir dos movimentos estéticos e intelectuais associado com o surgimento do Modernismo.Encontramos, aqui, a figura do indivíduo isolado, exilado ou alienado, colocado contra o pano-de-fundo da multidão ou da metrópole anônima e impessoal.”(p.32)
Descentrando o sujeito
“A primeira descentração importante refere- se às tradições do pensamento marxista.Os escritos de Marx pertencem, naturalmente, ao século XIX e não ao século XX. Mas um dos modos pelos quais seu trabalho foi redescoberto e reinterpretado na década de sessenta foi à luz da sua afirmação de que os "homens (sic) fazem a história, mas apenas sob as condições que lhes são dadas".(...) Essa "revolução teórica total" foi, é óbvio,fortemente contestada por muitos teóricos humanistas que dão maior peso, na explicação histórica, à agência humana.”(p.34-36)
“Assim, a identidade é realmente algo formado, ao longo do tempo, através de processos inconscientes, e não algo inato, existente na consciência no momento do nascimento. Existe sempre algo "imaginário" ou fantasiado sobre sua unidade. Ela permanece sempre incompleta, está sempre "em processo", sempre "sendo formada".”(p.38)
“O terceiro descentramento que examinarei está associado com o trabalho do lingüista estrutural, Ferdinand de Saussure. Saussure argumentava que nós não somos,em nenhum sentido, os "autores" das afirmações que fazemos ou dos significados que expressamos na língua. Nós podemos utilizar a língua para produzir significados apenas nos posicionando no interior das regras da língua e dos sistemas de significado de nossa
cultura. A língua é um sistema social e não um sistema individual. Ela preexiste a nós. Não podemos, em qualquer sentido simples, ser seus autores. Falar uma língua não significa apenas expressar nossos pensamentos mais interiores e originais; significa também ativar a imensa gama de significados que já estão embutidos em nossa língua e em nossos sistemas culturais.”(p.40)
“O quarto descentramento principal da identidade e do sujeito ocorre no trabalho do filósofo e historiador francês Michel Foucault. Numa série de estudos, Foucault produziu uma espécie de "genealogia do sujeito moderno". Foucault destaca um novo tipo de poder, que ele chama de "poder disciplinar", que se desdobra ao longo do século XIX, chegando ao seu desenvolvimento máximo no início do presente século. O poder
disciplinar está preocupado, em primeiro lugar, com a regulação, a vigilância é o governo da espécie humana ou de populações inteiras e, em segundo lugar, do indivíduo e do corpo.”(p.41-42)
“O quinto descentramento que os proponentes dessa posição citam é o impacto do feminismo, tanto como uma crítica teórica quanto como um movimento social. O feminismo faz parte daquele grupo de "novos movimentos sociais", que emergiram durante os anos sessenta (o grande marco da modernidade tardia), juntamente com as revoltas estudantis, os movimentos juvenis contraculturais e antibelicistas, as lutas pelos direitos civis, os movimentos revolucionários do "Terceiro Mundo", os movimentos pela paz e tudo aquilo que está associado com "1968".”(p.43-44)
3. AS CULTURAS NACIONAIS COMO COMUNIDADES IMAGINADAS
“A identidade cultural particular com a qual estou preocupado é a identidade nacional (embora outros aspectos estejam aí implicados).” (p.47)
“Ernest Gellner, a partir de uma posição mais liberal, também acredita que sem um sentimento de identificação nacional o sujeito moderno experimentaria um profundo sentimento de perda subjetiva.”(p.48)
“As pessoas não são apenas cidadãos/ãs legais de uma nação; elas participam da idéia da nação tal como representada em sua cultura nacional. Uma nação é uma comunidade simbólica e é isso que explica seu "poder para gerar um sentimento de identidade e lealdade”
Narrando a nação: uma comunidade imaginada
“As culturas nacionais são compostas não apenas de instituições culturais, mas também de símbolos e representações. Uma cultura nacional é um discurso — um modo de construir sentidos que influencia e organiza tanto nossas ações quanto a concepção que temos de nós mesmos(...)”(p.50)
“Como argumentou Benedict Anderson (1983), a identidade nacional é uma "comunidade imaginada".” (p.51)
“Que estratégias representacionais são acionadas para construir nosso senso comum sobre o pertencimento ou sobre a identidade nacional? Quais são as representações,digamos, de "Inglaterra", que dominam as identificações e definem as identidades do povo "inglês"?”(p.51).
“Uma terceira estratégia discursiva é constituída por aquilo que Hobsbawm e Ranger chamam de invenção da tradição: "Tradições que parecem ou alegam ser antigas são muitas vezes de origem bastante recente e algumas vezes inventadas... Tradição inventada significa um conjunto de práticas... , de natureza ritual ou simbólica, que buscam inculcar certos valores e normas de comportamentos através da repetição, a qual, automaticamente, implica continuidade com um passado histórico adequado".”(p.54)
“Um quarto exemplo de narrativa da cultura nacional é a do mito fundacional: uma estória que localiza a origem da nação, do povo e de seu caráter nacional num passado tão distante que eles se perdem nas brumas do tempo, não do tempo "real", mas de um tempo "mítico". Tradições inventadas tornam as confusões e os desastres da história inteligíveis, transformando a desordem em "comunidade" (por exemplo, a Blitz ou a evacuação durante a II Grande Guerra) e desastres em triunfos (por exemplo, Dunquerque).”(p.54-55)
Desconstruindo a "cultura nacional": identidade e diferença
“Uma cultura nacional nunca foi um simples ponto de lealdade, união e identificação simbólica.(...) A maioria das nações consiste de culturas separadas que só foram unificadas por um longo processo de conquista violenta —isto é, pela supressão forçada da diferença cultural.(...) Em segundo lugar, as nações são sempre compostas de diferentes classes socais e diferentes grupos étnicos e de gênero.” (p.59-60)
“A etnia é o termo que utilizamos para nos referirmos às características culturais língua, religião, costume, tradições, sentimento de "lugar" — que são partilhadas por um povo.(...) As nações modernas silo, todas, híbridos culturais.”(p.62)
“E ainda mais difícil unificar a identidade nacional em torno da raça. Em primeiro lugar, porque — contrariamente à crença generalizada — a raça não é uma categoria biológica ou genética que tenha qualquer validade científica. Há diferentes tipos e variedades, mas eles estão tão largamente dispersos no interior do que chamamos de"raças"quanto entre uma "raça"e outra.(p.62)
“A raça é uma categoria discursiva e não uma categoria biológica. Isto é, ela é a categoria organizadora daquelas formas de falar, daqueles sistemas de representação e práticas sociais (discursos) que utilizam um conjunto frouxo, freqüentemente pouco específico, de diferenças em termos de características físicas — cor da pele, textura do cabelo, características físicas e corporais, etc. — como marcas simbólicas, a fim de diferenciar socialmente um grupo de outro.”(p.63)
“Mas mesmo quando o conceito de "raça" é usado dessa forma discursiva mais ampla,as nações modernas teimosamente se recusam a ser determinadas por ela.”(p.64)
“As identidades nacionais não subordinam todas as outras formas de diferença e não estão livres do jogo de poder, de divisões e contradições internas, de lealdades e de diferenças sobrepostas. Assim, quando vamos discutir se as identidades nacionais estão sendo deslocadas, devemos ter em mente a forma pela qual as culturas nacionais contribuem para "costurar" as diferenças numa única identidade.”(p.65)
4. GLOBALIZAÇÃO
“O capítulo anterior questionou a idéia de que as identidades nacionais tenham sido alguma vez tão unificadas ou homogêneas quanto fazem crer as representações que delas se fazem. Entretanto, na história moderna, as culturas nacionais têm dominado a "modernidade" e as identidades nacionais tendem a se sobrepor a outras fontes, mais particularistas, de identificação cultural.”(p.67)
“A globalização implica um movimento de distanciamento da idéia sociológica clássica da "sociedade" como um sistema bem delimitado e sua substituição por uma perspectiva que se concentra na forma como a vida social está ordenada ao longo do tempo e do espaço"(Giddens, 1990, p. 64). Essas novas características temporais e espaciais, que resultam na compressão de distâncias e de escalas temporais, estão entre os aspectos mais importantes da globalização a ter efeito sobre as identidades culturais. Eles são discutidos com mais detalhes no que se segue.”(p.67-68)
Compressão espaço-tempo e identidade
“O que é importante para nosso argumento quanto ao impacto da globalização sobre a identidade é que o tempo e o espaço são também as coordenadas básicas de todos os sistemas de representação. Todo meio de representação — escrita, pintura, desenho,fotografia, simbolização através da arte on dos sistemas de telecomunicação — deve traduzir seu objeto em dimensões espaciais e temporais. Assim, a narrativa traduz os eventos numa seqüência temporal "começo-meio-fim"; os sistemas visuais de representação traduzem objetos tridimensionais em duas dimensões.”(p.70)
“No capitulo 3 argumentei que a identidade está profundamente envolvida no processo de representação. Assim, a moldagem e a remoldagem de relações espaço-tempo no interior de diferentes sistemas de representação têm efeitos profundos sobre a forma como as identidades são localizadas e representadas.”(p.71)
Em direção ao pós-moderno global?
“Alguns teóricos argumentam que o efeito geral desses processos globais tem sido o de enfraquecer ou solapar formas nacionais de identidade cultural. Eles argumentam que existem evidências de um afrouxamento de fortes identificações com a cultura nacional, e um reforçamento de outros laços e lealdades culturais, "acima" e "abaixo" do nível do estado-nação. As identidades nacionais permanecem fortes, especialmente com respeito a coisas como direitos legais e de cidadania, mas as identidades locais, regionais e comunitárias têm se tornado mais importantes. Colocadas acima do nível da cultura nacional, as identificações "globais" começam a deslocar e, algumas vezes, a apagar, as identidades nacionais.”(p.73)
“Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas — desalojadas — de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e parecem "flutuar livremente". Somos confrontados por uma gama de diferentes identidades (cada qual nos fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a diferentes partes de nós), dentre as quais parece possível fazer uma escolha. Foi a difusão do consumismo, seja como realidade, seja como sonho, que contribuiu para esse efeito de "supermercado cultural". No interior do discurso do consumismo global, as diferenças e as distinções culturais,que até então definiam a identidade, ficam reduzidas a uma espécie de língua franca internacional ou de moeda global, em termos das quais todas as tradições específicas e todas as diferentes identidades podem ser traduzidas. Este fenômeno é conhecido como "homogeneização cultural". (p.75-76)
5. O GLOBAL, O LOCAL E O RETORNO DA ETNIA
“As identidades nacionais estão sendo "homogeneizadas"? A homogeneização cultural é o grito angustiado daqueles/as que estão convencidos/as de que a globalização ameaça solapar as identidades e a "unidade" das culturas nacionais.”(p.77)
“Pode-se considerar, no mínimo, três qualificações ou contra tendências principais. A primeira vem do argumento de Kevin Robin e da observação de que, ao lado da tendência em direção à homogeneização global, há também uma fascinação com a diferença e com a mercantilização da etnia e da "alteridade".(...) A segunda qualificação relativamente ao argumento sobre a homogeneização global das identidades é que a globalização é muito desigualmente distribuída ao redor do globo,entre regiões e entre diferentes estratos da população dentro das regiões. Isto é o que Doreen Massey chama de "geometria do poder" da globalização.(...) O terceiro ponto na crítica da homogeneização cultural é a questão de se saber o que é mais afetado por ela. Uma vez que a direção do fluxo é desequilibrada, e que continuam a existir relações desiguais de poder cultural entre "o Ocidente" e "o Resto", pode parecer que a globalização — embora seja, por definição, algo que afeta o globo inteiro — seja essencialmente um fenômeno ocidental.”(p.77-78)
“A proliferação das escolhas de identidade é mais ampla no "centro" do sistema global que nas suas periferias. Os padrões de troca cultural desigual, familiar desde as primeiras fases da globalização, continuam a existir na modernidade tardia.”(p.77)
The Rest in the West (O Resto no Ocidente)
“As páginas precedentes apresentaram três qualificações relativamente à primeira das três possíveis conseqüências da globalização, isto é, a homogeneização das identidades globais. Elas são:
a) globalização caminha em paralelo com um reforçamento das identidades locais, embora isso ainda esteja dentro da lógica da compressão espaço-tempo.
b) A globalização é um processo desigual e tem sua própria "geometria de poder".
c) A globalização retém alguns aspectos da dominação global ocidental, mas as identidades culturais estão, em toda parte, sendo relativizadas pelo impacto da compressão espaço-tempo.” (p.80-81)
A dialética das identidades
“O primeiro efeito tem sido o de contestar os contornos estabelecidos da identidade nacional e o de expor seu fechamento às pressões da diferença, da "alteridade" e da diversidade cultural. Isto está acontecendo, em diferentes graus, em todas as culturas nacionais ocidentais e, como conseqüência, fez com que toda a questão da identidade nacional e da "centralidade" cultural do Ocidente fosse abertamente discutida.”(p.83)
“Também há algumas evidências da terceira conseqüência possível da globalização — a produção de novas identidades. Um bom exemplo é, o das novas identidades que emergiram nos anos 70, agrupadas ao redor do significante black, o qual, no contexto britânico, fornece um novo foco de identificação tanto para as comunidades afro-caribenhas quanto para as asiáticas.”(p.86)
“Como conclusão provisória, parece então que a globalização tem, sim, o efeito de contestar e deslocar as identidades centradas e "fechadas" de urna cultura nacional. Ela tem um efeito pluralizante sobre as identidades, produzindo uma variedade de possibilidades e novas posições de identificação, e tornando as identidades mais posicionais, mais políticas, mais plurais e diversas; menos fixas, unificadas ou trans-históricas. Entretanto,seu efeito geral permanece contraditório.”(p.87)
“Essas pessoas retêm fortes vínculos com seus lugares de origem e suas tradições, mas sem a ilusão de um retorno ao passado. Elas são obrigadas a negociar com as novas culturas em que vivem, sem simplesmente serem assimiladas por elas e sem perder completamente suas identidades.”(p.88)
6. FUNDAMENTALISMO, DIASPORA E HIBRIDISMO
“Algumas pessoas argumentam que o "hibridismo" e o sincretismo — a fusão entre diferentes tradições culturais — são uma poderosa fonte criativa, produzindo novas formas de cultura, mais apropriadas à modernidade tardia que às velhas e contestadas identidades do passado. Outras, entretanto, argumentam que o hibridismo, com a indeterminação, a "dupla consciência" e o relativismo que implica, também tem seus custos e perigos.”(p.91)
“A tendência em direção à "homogeneização global", pois, tem seu paralelo num poderoso revival da "etnia", algumas vezes de variedades mais híbridas ou simbólicas,mas também freqüentemente das variedades exclusivas ou "essencialistas" mencionadas anteriormente.”(p.95)
“O ressurgimento do nacionalismo e de outras formas de particularismo no final do século XX, ao lado da globalização e a ela intimamente ligado, constitui, obviamente urna reversão notável, uma virada bastante inesperada dos acontecimentos. Nada nas perspectivas iluministas modernizantes ou nas ideologias do Ocidente nem o liberalismo nem, na verdade, o marxismo, que, apesar de toda sua oposição ao liberalismo, também viu o capitalismo como o agente involuntário da "modernidade" previa um tal resultado.”(p.96)
http://www.mediafire.com/view/30ea502637g38de/slides_pibid.pptx
Link dos slides da 2ª oficina no IECP- Mulher - Decreto - Lei
http://www.mediafire.com/view/gwkh9ij5en9b6b3/hand_out_2%C2%B0.docx
Link do hand out da 2ª oficina
https://www.mediafire.com/?moyye689m3p15ax
Link do plano de aula da 2ª oficina
Link dos slides da 2ª oficina no IECP- Mulher - Decreto - Lei
http://www.mediafire.com/view/gwkh9ij5en9b6b3/hand_out_2%C2%B0.docx
Link do hand out da 2ª oficina
https://www.mediafire.com/?moyye689m3p15ax
Link do plano de aula da 2ª oficina
Nenhum comentário:
Postar um comentário